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Liberte-se: eu estava errada.

Alguém - acho que posso chamar de amigo - insistiu para que eu voltasse a escrever nesse blog. Eu fiquei bem resistente no começo porque não tinha um motivo para isso, já que eu sempre escrevo aqui quando algo é caótico o suficiente para me tirar o sono e me deixar distraída. Ao mesmo tempo, eu sempre pensei: ninguém lê.

Eu estava errada.

Nos últimos dois anos, passei a notar quantas vezes eu estive errada ou se persisto no erro. Já aconteceu algo assim com você? Embora eu estivesse errada de um jeito bom. Calma, eu vou explicar!

Desde sempre, eu criei e defini teorias, limites, padrões que eu sei de onde vieram e você também sabe, pois os seus vieram basicamente do meu lugar que o meu: ancestrais. 
Não, ancestralidade não é só pai e mãe. Os irmãos ou irmãs mais velhos fazem parte disso, assim como os tios ou tias, primos, avós e todas às pessoas anteriores a você. Talvez até os irmãos caçulas, caso você acredite em reencarnação. O mesmo vale para todos os que não tivemos a oportunidade de conhecer e que o Universo os tenham bem cuidados - amém.
Continuando, a tal senhora do destino aqui. Descobri que eu guardava sentimentos que não eram meus e a maioria - para não dizer todos - ruins. Descobri que guardava princípios de julgamentos que também não me pertenciam e assim como, me padronizaram e criaram uma imagem para o meu futuro que eu mesma não almejava. 
Eu descobri que não serviria para ser veterinária e aceitar isso me doeu tanto - quem me conhece desde criança sabe que eu morreria para salvar outro animal ou a própria imensidão, a Natureza. Quando eu descobri que ser veterinária me faria não salvá-los, eu desisti e me senti perdida - guarde essa frase, ela será importante nos próximos.

Foi isso mesmo o que você leu, terá continuação sim! 
Escrever me faz bem e eu decidi assumir isso, decidi assumir outra vertente da minha autoterapia e você vai fazer parte disso, querendo ou não. 






 

Leite derramado


Não sei se você já leu qualquer crônica da Martha Medeiros ou se já ouviu falar dela. Uma escritora de Porto Alegre, leonina e que tem uma habilidade infinita de encantar. Martha escreveu uma crônica chamada “A FITA MÉTRICA DO AMOR”, que basicamente é composta por situações onde o amor aumenta e diminui de tamanho rapidamente, igual a minha barriga quando decido fazer regime e desisto após passar na frente de qualquer doceria. Preste atenção nesse verso:
 “
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

Li por várias vezes nas redes sociais como 2019 está trágico, eu sei. Desastres naturais, acidentes, várias vidas e famílias devastadas. Pessoas chorando na TV,  postando mensagens bonitas .  As pessoas até aprendem a terem altruísmo, compaixão, expressar e demonstrar sentimentos.  Mas você tentou fazer isso antes do leite derramar?
Eu percebo que a maioria das pessoas espera o mal acontecer para aí se preocupar, perguntar se está bem, expressar os sentimentos, oferecer um ombro amigo...|
Aquela típica situação onde você namora um infeliz por anos, avisa que as coisas não estão legais do jeito que estão e quando você termina, ai  o indivíduo decide mudar, fazer e acontecer.  Por quê?
Se você é como eu, que se entrega, tenta dar e ser o seu melhor por quem você ama, parabéns. Se você não é como eu e não sabe receber isso, cuidado, você  poderá perder uma sensação e oportunidade incrível. A vida já não está fácil, você já passou muito tempo se escondendo, evitando, fugindo...
Está com medo? Vai com medo mesmo!




Protagonista ou Coadjuvante?

Você já se deparou com alguém que te fez mudar o seu cotidiano por ele? Ou que seu sorriso só foi sincero porque pensou nele? Você já se entregou ao ponto de reservar seus finais de semana ou qualquer tempo livre da sua vida a ele?
Se isso é errado? Não. Se vale à pena? Depende da sua opinião.

E quantas vezes você fez isso por si mesmo (a)?

Você já parou para pensar que, normalmente, quando outra pessoa é o centro do seu universo, raramente, essa pessoa te dará a recomendada atenção? E por conta disso, monstros começam a serem criados dentro de si, com a função de chamar a atenção que esperávamos ou que a criatura costumava  fornenecer no começo? Aquele começo, que você estava inseguro (a) de ceder a si mesmo (a) e que finalmente aconteceu, aí tudo pareceu mudar. Esse tipo de situação dá inicio à uma guerra de cú doce surreal, começam os tais joguinhos - os quais eu particularmente detesto. 


Antes, eu não entendia muito bem tais frases que eu lia na internet, como: "você precisa se bastar". O que isso realmente quer dizer?
Quer dizer que você tem que ser os motivos dos seus sorrisos o dia inteiro, não só pela manhã, não só quando você lembra que você existe. Lembre-se que você existe 24h, são 168 fucking horas por semana – eu contei. Não espere que a dor cause a memória de que você é um ser humano. Não encare a dor mais de maneira negativa, convide seus demônios para um cerveja diária - só não se torne alcoólatra, por favor. Faça mais, usando seus dois lados, pelo mundo, aos animais e à natureza. E quando você perceber que seus defeitos e qualidades são um, fazem parte das suas característica e da sua personalidade, aí sim, você pode convidar alguém de fora para compartilhar seu próprio universo, onde VOCÊ é o protagonista e o outro, será metade disso e não um coadjuvante.

Lembre-se que semelhante atraí semelhante e o equilíbrio é essencial. O mal é bom e o bem também, na dose certa. 



A vida (sempre) faz a entrega na porta errada

Eu já havia mencionado isso em outra crônica aqui, mas ultimamente, mais do que nunca, tenho percebido o nível de exatidão.
Para quem não sabe, eu sou professora de idiomas e tenho contato com várias pessoas diferentes, de idades diferentes e vidas diferentes. Para quem não sabe, eu não tenho pouco azar no assunto “amor”. Então, eu observo muito a vida amorosa de outros também e noto o quão injusto é esse padrão, parâmetro de “alma gêmea” que a vida tem. Funciona assim:
A moça trabalhadora, guerreira e altruísta está (seja um namoro ou casamento) com um rapaz que, não seja necessariamente mau-caráter (às vezes sim), mas acomodado. A moça que trabalha, estuda, cuida da casa, socorre a família, o vizinho, o cachorro e ainda tem tempo para o cara.  E o rapaz, trabalhador, altruísta e guerreiro, está com a poodle gigante francesa da porta ao lado, que trabalhar é mais por status e lavar a louça é sacrificante. Ela afirma que vai perder as patas, digo, mãos.

Querida Vida,
Se isso é um jogo do equilíbrio, por favor, pare. Você está traumatizando, revoltando e desregulando as boas criaturas presentes ainda aqui. Tente um plano B, onde as boas pessoas permaneçam com pessoas, energeticamente, de mesma personalidade.

O pior é não ter certeza se dessa vez eu escrevi uma crônica me baseando em terceiros - como sempre faço - ou em mim. 


Quarentena

Eu sou uma péssima pessoa para criar vínculos, responsabilidades e obrigações. Eu mais sumo do que outra coisa, principalmente por aqui. Mas o engraçado é que a respeito de "amor", eu sou a pessoa mais responsável do mundo. O único problema é que não existe uma versão masculina minha nesse departamento, ou  outras pessoas assim. Ao menos, não disponíveis ou não tão velhas.
Normalmente, eu sou a pessoa difícil de agradar, de gostar e afins, mas quando acontece é realmente sincero. E se não for, eu tomo a responsabilidade de por o ponto final. E pode parecer que não, caso você já tenha levado um pé na bunda, é muito mais difícil dar do que receber - o pé na bunda.
Normalmente, eu sou quem mantém a integridade, a sinceridade, a amizade quente, o apoio e o ombro. Mas também sou quem recebe mentiras, omissões, quem é enganada.
Normalmente sou quem recebe menos do que forneço. Não espero coisas em troca, niveladamente, mas é o mínimo. Isso não devia ser o problema, mas é: as pessoas não têm uma alma rica, coração nobre, respeito ou consideração. Eu não posso dizer que isso se perdeu, não sei nem se a maioria encontrou ou sabe o que é, o que come.
Normalmente eu sou a que sonha alto, que idealiza o outro, que é iludida. Mas será que é pedir muito esse detalhe que eu tenho, esse acessório de fábrica, que é a visão limitada a quem se gosta? Eu vejo o mundo em preto e branco e ele, em cores. Mas só ele e o que/quem mais abala com o meu coração de maneira diferente - mamãe, gatos e plantas. Por quê eu nunca consigo ser a imagem colorida, full HD na vida de outro? Por quê é difícil receber o básico?

Não é o amor que é impossível, são as pessoas. Tão impossível que nem o próprio amor consegue invadi-las completamente. Se livrem dessa imunidade, que só te aproxima de coisas podres. Te infecta com parasitas que te fazem machucar quem gosta de você também, porque isso me faz não ser eterna.


Outono

Outono, sem dúvidas, é minha estação do ano favorita. O frio combinado com as cores quentes das árvores.
É o despedir do véu quente e das flores inteiras. É criar empatia pela brisa fria, por mudanças e ensimesmação. É tornar-se, como eu, um coração mais consciente da escuridão.
Não defronte à Natureza, compreenda e verá beleza.
Seja bem vindo, Mabon!



Foxy.





Raposa, que a tua medicina me torne mais ágil e mais adaptável. Que eu aprenda a observar mais, ouvir mais e principalmente,
 me ensina a ficar "invisível" quando for necessário. Me ajude a perceber quando o lugar não for mais meu, quando aquele coração já não mais me pertencer. Me ajude a tornar isso menos doloroso e mais compreensível quando está hora chegar.

Ajude meus lobos, que sobrevivam à astúcia e armadilhas dos corvos.
Ensine à minha nobreza suas manobras engenhosas. 
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Liberte-se: eu estava errada.

Alguém - acho que posso chamar de amigo - insistiu para que eu voltasse a escrever nesse blog. Eu fiquei bem resistente no começo porque nã...